30 de julho de 2016

Eu canto. Porque é completamente inútil. E deve ser.


Eu canto. Porque é completamente inútil. E deve ser. Por isso é absolutamente essencial. Não obstante, talvez alguma coisa do que eu cante possa tocar você. A arte tem este poder; de criar pontes entre o “eu” e o “outro”. Mas ela é, na verdade, um espelho. Sim, canto as canções. As canto porque me vejo nelas. E as vejo em mim. Por sua vez, elas talvez possam lhe tocar porque você pode se ver nelas e vê-las em você. Se isso acontecer, é meu presente para você. E seu presente para mim. As canções são feitas porque me tocam. Mas só se realizam quando tocam você.

Canto porque as canções são minhas. 
Cante comigo – porque as canções são suas!

(o Vazio; 2016)

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